O União Brasil e o PP anunciaram nesta terça-feira (02/09) a saída oficial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão atinge diretamente os ministros Celso Sabino (União Brasil), do Turismo, e André Fufuca (PP), dos Esportes, que devem deixar seus cargos na Esplanada.
Em coletiva, o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, afirmou que, em caso de descumprimento da determinação, haverá afastamento imediato. Ele ressaltou ainda que, se houver insistência em permanecer nos cargos, serão aplicadas “as punições disciplinares previstas no estatuto” da sigla.
Celso Sabino ocupa o Ministério do Turismo desde agosto de 2023, quando substituiu a deputada Daniela Carneiro (RJ), por indicação do partido. Já André Fufuca assumiu em setembro do mesmo ano, no lugar da ex-voleibolista Ana Moser, como parte da estratégia do Palácio do Planalto de abrir espaço ao PP. Ambos são deputados federais licenciados e devem retornar às suas cadeiras na Câmara.
A decisão partidária, no entanto, não atinge outros nomes ligados às legendas. Os ministros das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, e da Integração Regional, Waldez Góes, devem permanecer no governo. Embora indicados por lideranças do União Brasil, eles não são filiados à sigla — sua permanência está vinculada à articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), com o presidente Lula. O mesmo critério se aplica ao presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira, indicado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara.
Historicamente distantes do PT no campo ideológico, União Brasil e PP receberam ministérios para reforçar a base governista no Congresso, onde a esquerda é minoritária. Juntos, União Brasil e PP controlam 109 cadeiras na Câmara e 15 no Senado, o que reforça o impacto da decisão no equilíbrio político em Brasília.
Fonte: Boca de Zero Nove