Justiça converte em preventiva prisão de empresário suspeito de receptação qualificada

A Justiça da Bahia acolheu um pedido da Polícia Civil e converteu em preventiva a prisão em flagrante do empresário suspeito de ter cometido o crime de receptação qualificada. Na prática, a conversão é uma troca formal feita de forma cautelar, o que garante que o suspeito pode permanecer preso durante todo o processo, condição que não é permitida em prisões em flagrante.

Conforme divulgado pelo portal Acorda Cidade, o homem foi preso em Feira de Santana, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em uma empresa de fornecimento de internet, na manhã da quinta-feira (4). O estabelecimento funcionava utilizando equipamentos furtados de grandes empresas de telefonia.

As investigações da Operação Link Seguro foram conduzidas por policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Salvador, local onde constam as queixas de furto que motivaram as investigações. Ao Acorda Cidade, José Marcos, delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Feira de Santana, declarou que o acolhimento do pedido de conversão da prisão representa um avanço para a Operação.

José Marcos, delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Feira de Santana | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

“Essa investigação visa combater e recuperar materiais furtados de operadoras de telefonia, como baterias estacionárias e outros equipamentos de alto valor, dessas grandes operadoras como Vivo, Claro, Tim, que são constantemente furtadas e acabam sendo comprados por esses provedores menores. Muitos deles trabalham de forma séria, mas, infelizmente, alguns compram esses equipamentos por um valor muito abaixo do mercado e acabam crescendo em função disso”, disse o delegado.

O delegado detalhou que, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram componentes furtados avaliados em cerca de R$ 70 mil. Marcos afirmou que a comprovação da origem ilícita dos equipamentos pode ser verificada facilmente por conta dos números de registro dos equipamentos, motivo que desencadeou o pedido de prisão.

“No momento do flagrante, a gente também pediu a prisão preventiva dele. Além do flagrante, ele também se encontra preso por força de mandado judicial; a prisão preventiva é decretada para resguardar a investigação. Ao contrário do flagrante, a prisão preventiva tem essa função, então a tendência é que ele fique preso agora por força do mandado por um período superior ao que ele ficaria preso se estivesse só por força do flagrante”.

“Ele tem esse provedor há um tempo, disse que tem cerca de 2.500 a 3.000 clientes, e deu a entender que ele comprou esse material e já vem praticando há bastante tempo. E, segundo alegou, ele estava se estruturando, que iria retirar esse material e substituir por material lícito, mas deu a entender que já tinha bastante tempo nessa prática ilegal”, concluiu o delegado.

Leia também: Polícia prende empresário suspeito de receptação em Feira de Santana

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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Fonte: Boca de Zero Nove

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