A exposição “A Pele do Invivível”, das artistas visuais e fotógrafas Lu Brito e Técia Borges, continua aberta à visitação até o dia 10 de outubro de 2025 no Museu Regional de Arte (MRA), localizado no Cuca/Uefs. A mostra é composta por autorretratos e performances e foi idealizada a fim de celebrar o Dia da Fotografia (19 de agosto).
A abertura, que aconteceu no dia 15 de agosto e contou com a apresentação musical da cantora Lua Maria e do tecladista Rogerinho Ferrer, apresentou o trabalho de vanguarda da exposição, onde o corpo feminino é mais do que representação. É, principalmente, superfície simbólica, território de ressonâncias afetivas, campo de forças entre o real e o imaginário. As imagens fotográficas desafiam o olhar do espectador, ao tempo em que o convida a uma reflexão ao que é indizível.
Uma das artistas responsáveis pela exposição, Lu Brito, vive em Salvador, é artista visual e médica oftalmologista, e sua pesquisa é centrada em fotografia e na produção de imagens, focando na relação entre singularidade e identidade. Contudo, atualmente ela está essencialmente voltada para o próprio corpo e a como ele pode ser um território móvel e performático, utiliza técnicas como scanografia e fotografia expandida, navegando entre autorretratos, foto performance e alquimias manuais de impressão.
Técia Borges vive e trabalha em Feira de Santana e Salvador, é cirurgiã-dentista, artista visual e fotógrafa, se divide entre a “precisão científica da odontologia” e a “intuição enigmática da fotografia”. Ingressou no mundo da fotografia com uma câmera analógica, porém, somente quando migrou para a fotografia digital enxergou o autorretrato como uma ferramenta de busca interior. A artista combina a fotografia expandida com performance, a fim de explorar novas possibilidades de se relacionar com o mundo e narrá-lo.
Fonte: Boca de Zero Nove