Em Feira de Santana, uma situação vem sensibilizando moradores da rua das Américas, no bairro Chácara São Cosme. Uma cuidadora de animais vem passando dificuldades para manter cerca de 40 gatos que ela tem em casa.
Eunice Maria de Jesus, contou em entrevista ao Acorda Cidade que sempre teve apreço pela convivência com gatos. Mas de alguns anos para cá devido a reprodução dos animais o número cresceu e hoje ela sente falta de apoio governamental para apoiar a causa.
“Eu sempre gostei de gatinhos, só que de uns 3, 4 anos para cá, eles foram procriando dentro de casa e aumentou a quantidade. Eu já pedi ajuda a políticos, deputados, vereadores, já vieram da minha casa, prometeram ajuda e nada. Eu conto com ajuda de amigos só, e do do meu salário”
A maior dificuldade é manter a alimentação, atualmente ela está tendo um custo médio de R$600,00 por mês só de ração. Mas além do principal, o cuidado dos bichanos demanda outros custos. “Remédio, veterinário, castrações, tem uns castrados, outros não. Tudo é particular”
Eunice explica que não tem conseguido pessoas que queiram realizar a adoção responsável, por isso muitos gatinhos acabaram ficando com ela mesmo. A tutora é aposentada e mora de aluguel, e a manutenção dos animais têm pesado nas contas.
“As pessoas hoje querem animais para jogar na rua. Jogar na rua e abandonar, como tem muitos por aí. Então, eu não consigo nem pessoas que queiram”
Ela relatou que apenas uma vez um órgão do município foi até a casa onde ela morava anteriormente para realizar a vacinação.
“Vieram fazer a vacina na minha porta porque a Irmã Rosa – diretora do Dispensário Santana – pediu, mas nunca mais. Apoio de zoonoses a gente não tem”
A vizinha e amiga Noêmia Silva, também é protetora dos animais. Foi ela quem procurou a reportagem do Acorda Cidade para relatar a situação. Noêmia relata que os gatos não causam transtornos na vizinhança, pois a casa é toda telada e eles não têm acesso a rua, mas a situação sensibiliza pela saúde dos animais e o trabalho que Eunice vem tendo para mantê-los.
“Ela não tem condição, é aposentada, paga aluguel. Eu tive pena, porque eu também não posso ajudar. É só a piedade dos bichinhos, a fome que passa, ração é cara, remédios, areia. Ela não tem caixinha de areia. Eles fazem as necessidades dentro de casa”, contou.
Castração, alimentação, caixas de areia, custos veterinários e medicações estão entre as necessidades primárias. Quem deseja colaborar pode entrar em contato com Eunice através do número 75 98256-4597.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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Fonte: Boca de Zero Nove