A secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, destacou nesta segunda-feira (15/09), em entrevista ao Informe Baiano, as dificuldades enfrentadas pela pasta para descentralizar os serviços de oncologia no estado.
Segundo ela, apesar dos avanços, a expansão para novas cidades depende de fatores estruturais e técnicos, além da disponibilidade de profissionais qualificados.
Atualmente, a Bahia conta com polos em funcionamento em Salvador, onde o CACON (Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, no Hospital Aristides Maltês que é referência, além de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Caetité, Juazeiro e Teixeira de Freitas. Nesta última, a estrutura foi recentemente ampliada. Os centros foram definidos em pactuação com os municípios e têm como objetivo garantir um atendimento regionalizado, reduzindo a sobrecarga da capital.
Apesar do interesse do governo em ampliar a assistência, Roberta ressaltou que o maior obstáculo não está apenas na falta de recursos financeiros, mas, sobretudo, na escassez de especialistas essenciais ao tratamento do câncer.
“Não é só recurso que falta, mas principalmente especialistas. Faltam cirurgiões de cabeça e pescoço, hematologistas para leucemia e oncologistas em diversas regiões. Mesmo com dinheiro, sem esses profissionais não conseguimos oferecer o serviço com qualidade”, afirmou.
Fonte: Boca de Zero Nove