Bahia ocupa terceiro lugar entre os destinos que mais geram insegurança aos turistas brasileiros – Acorda Cidade

Nem a festividade, nem o clima contagiante: para muitos brasileiros, a Bahia também se tornou sinônimo de apreensão quando o assunto é turismo. De acordo com um estudo, 18% dos viajantes entrevistados afirmaram sentir insegurança ao visitar o estado, colocando-o em 3° lugar no pódio dos destinos mais preocupantes para quem chega “de fora”. 

Os dados são da DeÔnibus, site de passagens rodoviárias que, nas últimas semanas, investigou a relação dos turistas de diferentes regiões com a segurança, entre as situações negativas mais vivenciadas, experiências comuns nas rodoviárias e boas práticas para evitar momentos de susto longe de casa. 

Além das terras baianas, também ocupam o pódio dos lugares mais preocupantes os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que fomentariam, para os respondentes, algumas de suas maiores preocupações em uma viagem hoje: violência, possíveis golpes e medo de deslocamentos noturnos ou isolados.

Principais conclusões do estudo: 

  • Violência é a principal preocupação dos brasileiros durante uma viagem;
  • Rio, São Paulo e Bahia são os estados onde os viajantes se sentem mais inseguros;
  • 29% dos turistas já foram vítimas de roubo ou furto e 14% já caíram em golpes; 
  • 4 em cada 10 brasileiros já evitaram passeios e saídas turísticas por medo da violência; 
  • Pesquisar bastante (71%), evitar saídas à noite ou sozinho (60%) e se hospedar com segurança (60%) são algumas das dicas dos brasileiros. 

Do furto à violência: as principais preocupações dos brasileiros em uma viagem

Embora a última coisa desejada por um turista seja vivenciar momentos de adversidade, os dados da DeÔnibus deixam claro o quanto, hoje, a insegurança faz parte das experiências turísticas de brasileiros de todos os estados… sobretudo considerando as situações vividas pela população nos demais lugares. 

Foto: DeÔnibus

Ao serem questionados sobre os maiores “sustos” de viagem, por exemplo, 97% dos respondentes afirmaram já ter experienciado ocasiões aflitivas em outras cidades ou países, como se hospedar em áreas arriscadas (27%), ter caído em golpes contra turistas (14%) e ser atingido pelo assédio ou discriminação (15), sem contar o mais comum entre os casos: ter tido seus objetos furtados ou roubados, impactando o roteiro planejado fora de casa. 

Entretanto, engana-se quem pensa que viver momentos do tipo tenha tornado os brasileiros acostumados com a falta de segurança. O efeito, na verdade, é o contrário: hoje, tanto a violência quanto o receio de possíveis golpes foram apontados como as principais preocupações dos viajantes ouvidos, algo que se reflete na resistência em fazer passeios em certos locais — especialmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, onde os respondentes se sentem mais inseguros em 2025.

Foto: DeÔnibus

5 dicas para uma viagem segura segundo os viajantes 

Na busca por mais segurança em suas viagens, a DeÔnibus descobriu a quais boas práticas os brasileiros mais recorrem enquanto turistas, do momento em que escolhem suas hospedagens até as aventuras e passeios por aí. 

Para não ser pego de surpresa, o segredo, ao menos entre os entrevistados, estaria em pesquisar bastante, checando cada detalhe sobre os riscos e pontos de atenção do destino antes mesmo de fazer as malas (71%). Dessa forma, o viajante não apenas garantiria mais previsibilidade durante os dias fora, como ainda poderia descobrir novas facetas (e possíveis diversões) do lugar escolhido. 

Uma vez hospedado, somaria-se à dica acima uma série de cuidados essenciais, voltados à experiência nas ruas, restaurantes e demais espaços compartilhados: não levar ou exibir objetos de valor (57%), evitar andar à noite ou sozinho (60%) e deixar de usar dinheiro físico em locais movimentos (50%), por exemplo.

Em alguns casos, o contato frequente com familiares e amigos, bem como o envio da própria localização a pessoas de confiança — hábitos já praticados por cerca de 40% dos respondentes —, também podem ser de grande ajuda, em especial para mulheres, idosos, pessoas com deficiência e outros públicos vulneráveis. 

“É preciso colocar a segurança em primeiro lugar durante todas as etapas do planejamento de uma viagem”, destaca Ana Luiza Mattar, gerente de comunicação da DeÔnibus. “Escolher a própria passagem em sites confiáveis, bem como dar uma atenção especial à hospedagem escolhida, é o primeiro passo para garantir que um período de diversão e relaxamento não se torne uma dor de cabeça.”

Metodologia 

Para entender a relação entre segurança e viagens no Brasil, recentemente, a DeÔnibus entrevistou 500 adultos (maiores de 18 anos) residentes em todas as regiões e conectados à internet. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.

Ao todo, os respondentes tiveram acesso ao total de 5 questões, que abordaram diferentes aspectos do tópico, como os destinos nos quais se sentem inseguros, boas práticas para evitar certos riscos e como avaliam a segurança em trajetos de ônibus. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados.

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Fonte: Boca de Zero Nove

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